sexta-feira, 7 de setembro de 2012

8ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas-OBMEP 2012.

2ª Fase

Alana Silva Rocha - 6º ano A
Carolina Marques Marcial -8º ano
Damião da Silva - 6º ano A
Danilo de Jesus Freitas -7º ano
Petrucia Oliveira da Silva - 8º ano
Tahys Gomes de Moraes -8º ano
Thalia dos Santos - 6º ano A



Olimpíadas de Língua Portuguesa -2012.

TEXTOS SELECIONADOS DOS ALUNOS DA ESCOLA ANTÔNIO PAULINO PARA A FASE MUNICIPAL.

“O Começo”
Quando Cassinha aqui chegou
Era tudo cerrado eu posso dizer,
Ele buscava terras férteis
Para com sua família viver

Muitos fazendeiros
Começaram a chegar
Atraídos com a riqueza
Que havia nesse lugar

Um povoado começou a se formar
E a cada dia que passava
Mais gente chegava
E esse lugar se transformava

O progresso aqui chegou
E numa cidade encantadora se transformou,
Com muita gente batalhadora
O sucesso alcançou

A fábrica de borracha
É um sonho a se realizar
E com certeza...
Nosso futuro irá mudar

Poesia
Vitória de Matos Martines de Souza
 5º Ano A
Professora: Márcia Stella



O meu lugar

Eu moro numa cidade pequena e bonita
Ela é cercada de riquezas de montão
É tão maravilhosa
Que cabe no meu coração

As flores dão alegria ao lugar
Os pássaros com melodias que nos faz dançar
Sonhos são conquistados e realizados
Um lugar pequeno, mas bem organizado

Cada canto dela é encantador
Um lugar cercado de fé e amor
As pessoas são felizes e trabalhadoras
Uma cidade simples e vencedora

A festa do peão é muito popular
Trazendo sempre alegria para o nosso lar
Várias raças estão a se misturar
Formando o povo desse lugar

Natacha Rodrigues da Silva
5º Ano B
Professora: Maristela




O Sabor do Passado

Meu avô Valdeci conta que antigamente em Cassilândia havia poucas casas, onde a maioria era de pau-de-a-pique, não existia asfalto, como transporte eram usados os carros-de-boi. A cidade parecia mais um vilarejo que município.
“Lembro-me com saudade daqueles tempos, pois apesar de ser muito pequena, tínhamos em nossa cidade o cinema. Filas enormes dobravam a esquina para prestigiar um filme. Os jovens casais de namorados marcavam encontro lá. Aquele cheirinho de pipoca e o escurinho traziam uma forte sensação que pude sentir varias vezes. O bom de tudo isso era quando o filme acabava, pois chegava a hora de ir embora. Como todo cavalheiro, levava minha amada em sua casa, ou seja, até a esquina, uma vez que seus pais não sabiam do nosso amor. No trajeto de volta para casa era muito engraçado e prazeroso, pois ficávamos tensos ao temer  que alguém nos visse. Procurávamos sempre as ruas mais escuras para nos esconder e aproveitávamos para namorar um pouquinho, ainda sinto o sabor daqueles beijos.
O tempo foi passando e este pequeno lugar começou a se transformar começaram construir casas de tijolos, alvenaria, novas ruas foram abertas, mesmo ainda não asfaltadas. Nas ruas o tráfego de carro-de-boi foi substituído por carroças, e também de alguns  automóveis .
Lembro-me ainda que para se fazer uma viagem à cidade vizinha gastávamos alguns dias para chegarmos ao destino.
Com os avanços tudo foi melhorando,  as estradas de chão ganharam um novo visual, rodovias asfaltadas. A cidade tornou-se emancipada tudo foi ganhando vida. Aqui tivemos algumas agências bancárias bem como a Caixa Econômica, o Banco Itaú, entre outros que não me lembro agora.
Recordo com saudade aqueles tempos. A festa do peão era a mais importante da cidade era visitada por muitas pessoas. Apesar da poeira a festa do peão daquela época era muito boa havia várias barracas, um enorme parque de diversão, shows com cantores famosos de sucesso daquela época e sem contar que tudo era mais tranquilo”.
Depois desta viagem ao passado, pude conhecer um pouco mais da história de minha cidade, percebi que a memória é a única coisa que ninguém consegue nos roubar ou apagar. Isso demonstra que para se ter o presente é necessário primeiramente viver o “passado”. Assim termino este texto projetado em mim em forma de um filme.

Vanessa Mendes Gomes
7° único
Prof.ª Daniela Cristina de Freitas




Tempos de Crianças

Minha mãe Maria Izelda, mulher corajosa e batalhadora, mãe solteira com seis filhos para criar relata que anos atrás quando eu tinha oito anos morávamos numa fazenda muito longe, no Maranhão.
Lá se ouvia apenas o som dos pássaros e das folhas das árvores. Nossa casa era feita de pau-a-pique, não tinha muita coisa lá, éramos uma família muito humilde.
Ela conta que não tínhamos nem cadeira, apenas uns tocos de árvore para nos sentar. Havia apenas dois quartos, uma sala que dividíamos com a cozinha. Conta ainda que apesar da vida dura e sofrida, éramos felizes.
Quando chegava à noite naquele lugar distante, sem energia, sentávamos à beira da porta de casa para observarmos nossas vizinhas, as estrelas, onde ficávamos conversando, contando piadas ou causos por algumas horas. Logo entrávamos para dormir, pois a noite era curta e logo amanhecia e toda a rotina começaria novamente. Acordávamos ainda escuro ao som dos sabiás e de toda a passarada que lá habitavam. Deparava com minha mãe acendendo o fogo, pois o nosso fogão era à lenha. Nosso café era bem simples, mas o bom de tudo era que a família se reunia, enquanto isso eu tirava a água do poço para lavar o rosto e fazer o café. Mesmo que nós não nos sentávamos, porém ficávamos ao redor da mesa tomando café e comendo ovo com farinha ou tapioca, era uma delícia.
Após o café cada um tinha sua lida, minha avó e um dos meus tios iam para a roça e o outro tratava das galinhas, minha mãe quebrava coco e eu ficava com minhas irmãs cuidando da casa, lavando as louças no riacho que passava ao fundo da casa. A água era cristalina, víamos os peixes de longe. Às vezes minha vó pegava alguns para o jantar.
Tinha também a cachoeira, era muito linda, ficava horas admirando sua beleza que nem tinha vontade de voltar para casa. Nossa diversão era brincar ao escurecer de pega-pega ou de pique-esconde como dizemos hoje, até a hora do jantar. Minha vó sempre estava ocupada com algumas coisas e quando não estava era a nossa contadora de história. Tudo era mágico, já que não tinha livros nem televisão para ver.
Uma vez ou outra, mal ouvíamos uma musica no rádio, pois nem sempre a sintonia era boa.
Os anos se passaram, minha mãe resolveu sair de lá, mudamos para a cidade, mas sempre nos acompanhou aquela vida dura. Na cidade tudo ficou mais difícil, pois tinha o aluguel da casa, minha mãe teve de trabalhar fora para nos sustentar. Logo minha avó faleceu, minha mãe e meus tios começaram a se desentender, até que um dia minha mãe resolveu sair daquele lugar.
Foi assim que viemos parar em Cassilândia, aqui não houve muitas mudanças, mas confesso que hoje sou mais feliz, pois a nossa vida ainda é difícil, tenho vários amigos na escola que me fazem sorrir, assim alivia um pouco as dificuldades até hoje vividas e que ficaram marcadas em minha memória, por onde quer que eu vá, as levarei para sempre comigo.
É aqui em Cassilândia que eu passo a melhor fase da vida. Hoje aos 15 anos tenho a oportunidade de frequentar a escola, ando nas ruas com alegria, vou à casa de minhas amigas, à Praça São José, sem contar que gosto muito daqui. Não sou Cassilandense de nata, mais sinto que aqui será sempre o meu lugar e que aqui sempre quererei morar.



Crônica
Aluna: Bruna Sousa Ferreira
 8º Ano U
Prof.ª Daniela Cristina de Freitas




Pés Descalços
Naquela tarde ensolarada estava eu numa avenida um pouco movimentada debaixo daquele sol muito quente a caminho de casa, vejo entrar em um barzinho uma garotinha muito espertinha, cabelos ondulados e sem nenhum brilho, pele negra, vestida com uma roupa velha muito suja, de pés descalços e com esmaltinho rosa bem desgastados nas unhas.                                                   
Como eu estava muito cansada resolvi parar um pouquinho e observar melhor aquela pequena garota. Ela parou diante do balcão de mármore estendeu os seus bracinhos mostrando uma só moeda aquele velho senhor mal - humorado e irônico.
– O que é que você quer? – Disse ele com muita má vontade.                                  – Tio eu quero isso de balinhas. – Falou baixinha a garotinha colocando ali sobre o balcão sua moeda como se ela fosse a mais valiosa do mundo.                                                                                                  – Mal da pra uma! – Retrucou o velho com aquela voz rouca e olhar arrogante.
Olhei para aqueles pezinhos sujos e suspensos tentando ver o conteúdo daqueles potes de vidro para escolher o sabor de uma única balinha.
Provavelmente acostumada com a humilhação e miséria ela abaixou sua cabecinha e saiu daquele bar antigo de portas e mesas velhos, chão de vermelhão, de janelas estilo barrocos pintadas de azul, já descascadas. Cheiro de mofo exalando no ar os anos de construção.
E quando a pequena garotinha me viu, percebeu que eu estava lhe observando e me olhou com um olhar triste, soltou um belo sorrisinho, infância sofrida. E assim fico sonhando com sapatinhos de cristal que gostaria de presentear a todas as meninas de pés descalços.  

Crônica
Aluna: Samila             
9° Ano U  
Prof.ª Daniela Cristina de Freitas